sábado, 28 de janeiro de 2012

Vamos prestar solidariedade ao povo pobre do Pinheirinho!


Acompanhe o calendário de mobilizações e ações em solidariedade a luta do povo do Pinheirinho 

São José dos Campos: Calendário da Campanha de Solidariedade à população do Pinheirinho

Sábado
9h – Ato Cultural em prol aos amigos do Pinheirinho (Praça Afonso Pena)
18h – Assembleia dos moradores do Pinheirinho (Campão dos Campos dos Alemães)
19h – Vigília em solidariedade aos desabrigados do Pinheirinho (Praça do Jardim São Dimas)

Domingo
9h – Panfletagem na feira (Feira do Colonial)
9h – Caravana dos moradores do Pinheirinho ao Ato Nacional dos Aposentados (Aparecida – SP)

Segunda-feira
17:30h - Pedágio: arrecadação de fundos para os moradores (Parque Santos Dumont/Adhemar de Barros)

Terça-feira
9h – Panfletagem na feira (Encontrar no Parque Santos Dumont e dividir o grupo para outras feiras)
17:30h - Pedágio: arrecadação de fundos para os moradores (Parque Santos Dumont/Adhemar de Barros)

Quarta-feira
9h – Panfletagem na feira (Encontrar na feira do Satélite, Rua Polar em frente ao Vale Sul e dividir o grupo para outras feiras)
17:30h - Pedágio: arrecadação de fundos para os moradores (Parque Santos Dumont/Adhemar de Barros)

Quinta-feira
9h – Grande Ato Nacional em solidariedade à luta da população do Pinheirinho (Concentração: Praça Afonso Pena – SJC)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Brasil vai protestar contra reintegração no Pinheirinho

Em todo o Brasil, dezenas de entidades estão chamando protestos de repúdio contra a ação criminosa do governo geral Alckmin contra os moradores pobres do Pinheirinho.

Confira relação dos atos contra a desocupação do Pinheirinho, deste dia 23
  São José dos Campos - às 9h, na Praça Afonso Pena
  Belo Horizonte - 16h na Praça da Liberdade
  Porto Alegre - 12h na Esquina Democratica
  Belém - 09h na ALEPA
  Brasília - 10:30 no gramado do Congresso Nacional
  Teresina - 14h, Praça do Fripisa
  Rio de Janeiro - 16h Largo da Carioca, Centro
  Franca (SP) - 17h no Terminal de Ônibus
  Curitiba - 17h na Boca Maldita
  Londrina - 18h no Calçadão
  Juiz de Fora - 17h no calçadão
  Guarulhos/SP - 17h Praça da Matriz
  Fortaleza - 17h na Rua 13 de maio
  Macaé - 17h na Praça Veríssimo Melo

Em São José dos Campos, um ato contra a desocupação do Pinheirinho acontecerá nesta segunda-feira, a partir das 9h, na Praça Afonso Pena. Vamos exigir do poder público o fim da violência contra o povo do Pinheirinho e a regularização da área

Em várias capitais estão sendo chamados atos de repúdio ao massacre.  No Rio de Janeiro, a CSP-Conlutas, a Anel, PSTU, PSOL e  diversas entidades e ativistas estão convocando para esta segunda-feira, dia 23 de janeiro,  um ato de solidariedade aos moradores da ocupação de Pinheirinho. A manifestação acontecerá no Largo da Carioca a partir das 16 horas. Outras cidades fluminenses, como Niterói, Nova Iguaçu, Macae e Nova Friburgo, também realizam ato nesta segunda-feira.

No estado de São Paulo, também ocorre ato público no centro de Campinas, no Largo do Rosário, neste dia 23.

Em Belo Horizonte os movimentos sociais também vão se pronunciar contra as barbaridades cometidas pela polícia tucana de São Paulo. Um ato está sendo chamado para está segunda-feira, na Praça da Liberdade, às 16h.

Em Porto Alegre, a CSP- Conlutas, CEPERS (sindicato dos professores), os veradores Pedro Ruas, Fernanda Melchiona (PSOL), ANEL, DCE-URGS, sindicatos e outras entidades estão chamando um protesto, às 12h, na Esquina Democrática, centro da capital gaúcha.

Em Belém, a CSP-Conlutas, sindicato da construção cível, PSOL, PSTU, entre outras organizações convocam um ato para às 9h da manhã, em frente a Assembleia Legislativa do Pará. Em Curitiba, o prostesto será realizado na Boca Maldita, às 17h. No Distrito Federal, o ato está sendo convocado para as 10h30, no gramado em fente ao Congresso Nacional.

Em Teresina, o ato está marcado para às 14, na Praça Fripisa.As entidades que compõem o Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público no Piauí manifestram repúdio contra a ação policial do governo Geraldo Alckmin (e estão convocando o protesto.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Scania demite em massa na virada do ano

Empresa demite 139 trabalhadores e promete mais demissões para 2012. Sindicato da CUT é cúmplice da Scania


No dia 29 de dezembro de 2011, quando todos se preparavam para a festa de ano novo e as férias de janeiro, os mais de 3700 trabalhadores da Scania em São Bernardo do Campo (SP) tiveram uma dolorosa surpresa: a empresa demitiu 139 trabalhadores. De acordo com a multinacional sueca, as dispensas são necessárias para ajustar a produção à baixa demanda causada pela crise internacional e também aos problemas gerados pela legislação ambiental, que obriga as empresas a reduzirem a emissão de poluentes de seus motores em 2012, o que geraria um aumento no custo dos caminhões. Pior, o discurso oficial alerta os trabalhadores que essa é apenas a primeira leva de um processo maior de demissões que se dará ao longo de 2012 e que chegará a 1000 dispensas a nível mundial.

A contradição entre o momento econômico brasileiro e o discurso da empresa é gritante. O Brasil vive situação díspar da europeia e acaba de ultrapassar a Inglaterra tornando-se a sexta maior economia do mundo. A Scania inicia, com essas demissões, um processo de exportação da crise da Europa para cá, como forma de salvar a matriz com o sacrifício dos trabalhadores de sua filial. Uma atitude inaceitável de uma empresa que remeteu lucros astronômicos para o exterior durante o crescimento econômico, e que é tratada a pão-de-ló pelo Estado brasileiro, seja pela injeção de dinheiro do governo federal ou pela doação de um terreno de 40 mil m² pela prefeitura petista de São Bernardo. Se não houver resistência, esse tipo de medida deve generalizar-se nas multinacionais do ramo automotivo, causando impacto irreparável na economia brasileira e na vida de milhares de trabalhadores.

Demissões facilitadas pela precarização
Em 2009, no auge da última crise econômica, empresa e sindicato assinaram um acordo que prometia afastar o fantasma das demissões. Era o chamado CTD (Contrato por Tempo Determinado) que permitia a contratação de trabalhadores temporários, pelo período de 1 ou 2 anos, com salários rebaixados e progressão salarial mais lenta. Essas vagas de emprego precarizadas, que não impediu as mais de 1100 demissões de 2009, preparou o terreno para as demissões que estão ocorrendo hoje. Isso porque o regime de CTD transformou-se de “medida excepcional para a crise” em “única forma de contratação” da multinacional criando uma verdadeira multidão de temporários que chega a 700 trabalhadores. Não é à toa que, frente a essa precarização, a Scania não encontrou dificuldades em demitir 139 empregados apenas anunciando “que os CTDs que vencem contrato nos meses de janeiro, fevereiro e março não terão seus contratos renovados e não precisam retornar das férias”.

Ritmo Infernal preparou as demissões
Se um incauto entrasse na Scania e observasse a linha de produção nos meses de novembro e dezembro poderia jurar que a empresa iria contratar mais trabalhadores em breve. A linha não parava um minuto sequer, o takt (tempo máximo para a execução da montagem por parte do operário) nunca tinha sido tão pressionado pra baixo, a jornada diária média era de 12 horas (e muitas vezes chegava a 16h), tornou-se comum ver funcionários do turno do dia trabalhando junto com o pessoal da noite. O problema é que esse ritmo não se dava por uma demanda maior de caminhões, muito menos era o prenuncio de novas contratações. Apenas fazia parte de um plano da patronal para encher o pátio e garantir por alguns meses a venda de caminhões mais baratos no ano de 2012 (a nova legislação proíbe a produção dos motores mais poluentes a partir de janeiro, mas não proíbe a venda dos que já foram produzidos). O ritmo infernal e o excesso de horas extras, na verdade, eram parte de uma armadilha que permitiu a empresa demitir seus empregados na virada do ano sem correr o risco de ver suas entregas ameaçadas.

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC é cúmplice das demissões
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a maioria dos membros do SUR (Sistema Único de Representação – mistura de comissão de fábrica e CIPA) são os grandes traidores dos trabalhadores da Scania. Desde o início, eles ajudaram a empresa a esconder as demissões, fazendo crer que as notícias que saíam na imprensa sobre as dificuldades do setor de caminhões seriam contornadas com as férias coletivas de janeiro e outras medidas; e que as demissões que já começavam nas plantas europeias não viriam para o Brasil. Dessa forma deixaram passar o melhor momento para negociar com a empresa (quando qualquer dia de greve seria um duro golpe nos seus planos de ampliar o estoque para 2012) e permitiram as demissões no dia 29 de dezembro, véspera das férias e quando a produção já havia encerrado. Poderiam inclusive exigir que o governo federal encerrasse ou revertesse as concessões consecutivas feitas à empresa.

Fora isso, foi o sindicato que assinou o acordo que legalizou o CTD e a grade salarial rebaixada precarizando as relações de trabalho e facilitando as demissões, acordo que, se depender do sindicato, será renovado por mais dois anos. As demissões na Scania e a cumplicidade do sindicato com a empresa apenas reforçam a certeza de que a CUT se distanciou de seus princípios classistas, tornando-se mais uma central chapa branca, não só do governo, mas das multinacionais. Por ironia do destino ou não, a CUT se vê hoje traindo os trabalhadores da Scania. Logo eles que, em 1978, começaram a greve que nortearia todo o processo de reorganização do “novo sindicalismo” e com quem a CUT deveria ter gratidão eterna.

O governo Dilma tem de atuar
O governo federal não pode deixar os trabalhadores que o elegeram na mão de multinacionais que vêm aqui usar o nosso trabalho e riqueza para depois nos devolverem apenas desemprego quando já não lhes servimos. Ao invés de política de insenção fiscal e outras concessões às empresas, pedimos a Dilma que intervenha e que proíba as demissões!