quinta-feira, 27 de outubro de 2011

1% de aumento real É PIADA! Todos a assembleia dia 1 de Novembro


Reposição da inflação e aumento real de 1% a partir de 1º de novembro. Esta foi a proposta feita ontem pela Fiesp (sindicato patronal) na reunião que discutiu a Campanha Salarial do setor aeronáutico. O Sindicato rejeitou a proposta na mesa de negociação e vai protocolar, nesta quinta-feira, dia 27, aviso de greve.

Diante da enrolação e intransigência dos patrões do setor, a orientação agora é a realização de assembleias nas fábricas e intensificação da mobilização.

Nesta quinta, o Sindicato realizou assembleias internas na unidade da Embraer na Faria Lima. Foi informado o resultado da reunião aos trabalhadores e uma grande assembleia será realizada no próximo dia 1º de novembro.

Ainda na negociação desta quarta, a patronal aceitou mudar a data-base do setor aeronáutico de novembro para setembro, conforme reivindicação dos trabalhadores, mas a partir de 2012.

"A pauta da categoria foi protocolada no início da campanha, inclusive por fábrica. Mas, num total desrespeito aos trabalhadores, quando a maioria da categoria metalúrgica já está com acordo assinado, a Embraer e empresas aeronáuticas apresentam uma proposta irrisória como essa", avalia o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros.

Os trabalhadores estão indignados com a postura patronal. Somente ontem, a Embraer, que é a principal empresa do setor e encabeça as negociações, vendeu 11 aviões à Azul por quase 500 milhões de dólares. Ou seja, uma das maiores exportadoras do país quer pagar o pior aumento salarial a seus trabalhadores", argumenta.

"Portanto, os patrões tem até o dia 1º para avançar. Do contrário, a luta vai aumentar a partir do dia 1º. E a mobilização começará com uma grande assembleia na Embraer", disse.

Nenhuma reunião entre Fiesp e Sindicato ficou agendada.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

TRT propõe reajuste de 11%, em audiência sobre Sobraer

Sem acordo com a empresa, nova audiência será realizada no próximo dia 8

Em audiência nesta quarta-feira, dia 19, o juiz desembargador Lourival Ferreira dos Santos, do TRT da 15ª Região, em Campinas, apresentou uma proposta de conciliação para o dissídio da Campanha Salarial na Sobraer.

A proposta prevê 11% de reajuste, vale-alimentação no valor médio de uma cesta básica e redução no desconto referente ao transporte, de 6% para 5%. O TRT propôs ainda estabilidade de 60 dias a partir de 3 de outubro, data em que começou a greve dos metalúrgicos.

Não houve acordo por parte da empresa, que se manteve irredutível em aceitar a proposta do Tribunal. Uma nova audiência acontecerá no dia 8 de novembro.

Até lá, Sobraer e Sindicato deverão se reunir para tentar um acordo. Também deverá ser discutido sobre outras reivindicações dos trabalhadores como Delegado Sindical, dias parados e redução da jornada de trabalho.

“Esperamos que a empresa mude a postura intransigente que demonstrou na audiência e em toda a Campanha. Só depende da Sobraer chegar a um acordo que contemple seus trabalhadores”, avalia o diretor do Sindicato, José Dantas Sobrinho.
Saiba maisA greve dos metalúrgicos da Sobraer durou 11 dias e foi suspensa no último dia 14. Diante da força da mobilização, a empresa, que é uma das principais fornecedoras da Embraer, impôs uma forte repressão e assédio moral sobre os trabalhadores.

De forma truculenta e arbitrária, apoiada pela Polícia Militar, a Sobraer pressionou de várias formas, desde enviar cartas e ligar com ameaças para a casa dos funcionários até a chefia ir buscar os trabalhadores em suas casas. A empresa chegou a obter um Interdito Proibitório, visando impedir a realização de assembleias.

Há duas semanas, o Sindicato entrou com Dissídio Coletivo no Tribunal por conta da falta de diálogo da empresa. Nesta quinta-feira, dia 20, o Sindicato realiza assembleia com os trabalhadores na fábrica.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Basta de mortes e acidentes na Embraer


O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região têm lutado intensamente, ao longo dos últimos anos, contra situações que propiciam, no interior das empresas, condições inseguras e que colocam em risco a saúde e a própria vida dos trabalhadores.
A organização do atual sistema produtivo, a pressão desenfreada sobre os trabalhadores, o assédio moral, a busca por lucro a qualquer preço... são fatores determinantes para que um número cada vez maior de trabalhadores saia de suas casas para trabalhar e, simplesmente, não volte mais.
Foi o caso do trabalhador da Embraer, Vinícius Machado Mendes, que morreu prensado entre dois portões do hangar do F220, no dia 1º de setembro de 2011.
A morte desse companheiro não foi um simples acidente. Infelizmente, o trágico ocorrido é resultado de uma série de políticas desenvolvidas pela Embraer, a fim de aumentar a exploração sobre os trabalhadores e, consequentemente, sua margem de lucros.
A morte do companheiro Vinícius não pode ser esquecida. Outras mortes e acidentes têm de ser evitados. Por isso, criamos esta seção especial em nosso site. Aos sindicatos e entidades de trabalhadores do Brasil e de outros países, pedimos que enviem suas moções de repúdio à direção da Embraer.
Click nos links abaixo:
- Não foi somente um acidente


domingo, 2 de outubro de 2011

PLR da Embraer é uma esmola


A Embraer, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, vai pagar uma das PLRs (Participação nos Lucros e Resultados) mais baixas entre as metalúrgicas de São José dos Campos. De acordo com comunicado divulgado pela empresa nesta quinta-feira, dia 29, os trabalhadores receberão R$ 617 fixos e 24% sobre o salário.
O valor refere-se à primeira parcela da PLR 2011 e, ao contrário do que acontece com todas as outras empresas metalúrgicas, não foi negociado com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
A negociação direta sobre um novo acordo de PLR com o Sindicato foi um dos itens que os trabalhadores votaram nas assembleias e incluiram na pauta de reivindicações apresentada à empresa junto com o Aviso de Greve, protocolada no dia 19 de setembro, três dias antes da greve de 24 horas deflagrada pelos trabalhadores.
Hoje, a Embraer se recusa a negociar com o Sindicato. A decisão sobre o valor da PLR é tomada a partir de discussões com uma comissão de funcionários, em que a ampla maioria é ligada à gerência da empresa. Essa forma de discutir a PLR é absurda pois desconsidera a vontade daqueles que geram os lucros, os trabalhadores.
O Sindicato defende que a PLR seja dividida em partes iguais para acabar com privilégios dentro da Embraer e aumentar o valor distribuído a todos os trabalhadores. Seguindo a fórmula adotada pela empresa, um funcionário com um salário de R$ 3.300 receberá uma PLR de R$ 1.400.
A Embraer possui 17 mil funcionários em todo o país. Em São José dos Campos, são cerca de 12 mil. Para efeito de comparação, a General Motors fechou este ano uma PLR de R$ 10.834 para 9 mil funcionários. A TI Automotive, com cerca de 750 trabalhadores, pagou uma PLR de R$ 4.500.  A Sobraer, fornecedora da Embraer, com 250 funcionários, pagou R$ 2.050.
Além de pagar um valor muito abaixo da média do setor metalúrgico, a Embraer ainda aplica o desconto de PMS (Plano de Metas Setoriais). Ou seja, a PLR só é paga na íntegra para os setores que atingirem 100% das metas. Aqueles que não atingirem 75% não terão direito à PLR.
“Os trabalhadores estão indignados com esse valor. Mais uma vez a Embraer mostra sua intransigência e autoritarismo, recusando-se a acatar as reivindicações de seus funcionários. Ao pagar uma PLR tão rebaixada, tudo o que ela conseguiu foi aumentar ainda mais as chances de uma nova paralisação”, afirma o vice-presidente do Sindicato Herbert Claros da Silva.