sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sindicato quer negociação justa! Não enrolação!

Email enviado pela FIESP ao sindicato

Hoje dia 24, a Embraer colocou em seus murais um informativo sobre a Data-base 2009 - 2010. Num dos parágrafos deste papel a empresa diz que: "neste momento a FIESP está aguardando resposta dos sindicatos envolvidos para que as negociações tenham início."

Na imagem à cima você pode ler um email da FIESP enviado hoje para o sindicato, via o email da advogada do sindicato (Maria Lucia). O email CANCELA uma possível reunião para o dia 27/09. Mas atentem para o fato de na primeira linha do email, de que a FIESP confirma a conversa ocorrida com o sindicato no dia 23. Está conversa foi uma reunião informal para justamente tratar de uma possivel reunião de negociação.

Esclarecimentos

Primeiro queremos deixar bem claro que a empresa, não pode noticiar falsas informações em seus murais, causando duvidas e confusão entre seus funcionários. Os informativos da empresa devem informar e não causar mais duvidas. Neste mês o sindicato já procurou a FIESP duas vezes. Porém sempre com recusa de negociar como setor aeronáutico.

Segundo, queremos esclarecer a todos os trabalhadores da Embraer que o sindicato dos metalúrgicos sempre procurou a negociação com a empresa para poder atender os anseios de seus trabalhadores. Os últimos acordos de compensação, provam isso.

A empresa justifica que a negociação salarial só pode ser com a FIESP. Mas como vocês podem também ler no email logo acima em parênteses, a FIESP diz coordenar a negociação do Grupo 10 Inorganizados e 8 sindicatos patronais.

Aqui meus amigos está o problema, este grupo de inorganizados, tem empresas de diversos ramos econômicos. É justamente por não ter um setor econômico definido, e que eles sempre propõem baixos incides de reajuste nas negociações. Como no ano passado, em que a FIESP (representando esse tal grupo de inorganizados e Embraer) acabou só oferecendo a inflação de 4,44%.

O Sindicato dos Metalúrgicos sempre esta dispostos a negociar. Mas para que toda negociação possa ter bons resultados, ela primeiramente deve se basear em condições mais claras e justas, que possam de fato refletir a realidade produtiva do setor aeronáutico como Embraer e outras empresas da nossa região como Latecoere, C&D, Sobraer, Aernnova, etc.


Nós trabalhadores só queremos ser reconhecidos pelo nosso trabalho! Queremos aumento salarial de 9% e as cláusulas sociais. Chega de enrolação!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Somente 2 dias e meio de trabalho pagam o nosso salário


O calculo demonstra o quanto os acionistas (que são os donos da empresa) lucram com o nosso trabalho. Somente em 2 dias e meio de trabalho a empresa já tem dinheiro suficiente para pagar o salário do mês de seus trabalhadores.

A empresa não tem justificativa para não reajustar o salário dos trabalhadores nesta campanha salarial.

Queremos que a Embraer pare de enrolar os seus trabalhadores e negocie com o sindicato dos metalúrgicos o nosso aumento salarial e as cláusulas sociais!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Metalúrgicos da GM estão rindo à tóa!!!

Metalúrgicos aprovam 9% de reajuste salarial

Os metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos, aprovaram em assembleia, nesta segunda-feira, dia 13, o reajuste salarial de 9% (INPC 4,29% + 4,52% de aumento real), mais abono de R$ 2.200,00. Outros setores da categoria - autopeças, fundição e trefilação/refrigeração/laminação - também aprovaram, em Assembleia Geral, realizada na última sexta-feira, o reajuste de 9%. Nesses casos, a proposta patronal também será levada para votação nas fábricas.

Os trabalhadores já estavam em estado de greve para pressionar os patrões a avançarem nas negociações. Na GM, os trabalhadores chegaram a parar a produção no dia 2 por duas horas, e em todosmetalúrgicos também conquistaram, além do reajuste, 180 dias de licença maternidade – uma das principais bandeiras da categoria.

As negociações com a GM terminaram na madrugada de sábado, após 17 horas de reunião, iniciada às 9h de sexta-feira. A princípio, a montadora havia proposto apenas 0,7% de aumento real de salário. Ao final da reunião, chegou-se também ao piso de R$ 1.428, o que equivale a 9,38% de reajuste. Para os trabalhadores que recebem acima de R$ 7.730, será pago um fixo de R$ 686,00.

O reajuste é retroativo a 1º de setembro. A GM ainda se comprometeu a apresentar uma proposta de equiparação salarial, outra reivindicação da categoria, entre setembro e outubro.

A GM de São José dos Campos possui 8.500 trabalhadores e produz os modelos Meriva, Montana, Zafira, S10, Blazer e kits desmontados para exportação, além de motores e transmissões. Na campanha salarial do ano passado, os trabalhadores tiveram 3,7% de aumento real.

Entre os setores metalúrgicos que ainda não fecharam acordo estão eletroeletrônicos, máquinas, aeronáutico e estamparia. Todos já estão com aviso de greve protocolado.

“Tivemos um importante avanço este ano, com o índice de aumento real superior à inflação. As mobilizações foram fundamentais para que chegássemos a este acordo. Mas a campanha salarial ainda não acabou. Agora, vamos continuar a luta nos setores que ainda não apresentaram propostas”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Vivaldo Moreira Araújo.

Mancha fala com trabalhadores

O candidato ao governo do Estado pelo PSTU, Luiz Carlos Prates, o Mancha, participou da Assembleia Geral dos metalúrgicos, levando seu apoio à luta da categoria. Mancha é secretário-geral licenciado do Sindicato.

"Os metalúrgicos têm uma longa e vitoriosa trajetória de luta, que faz parte da história da classe operária deste país. Nesta Campanha Salarial, não deixamos de considerar o quanto os trabalhadores produziram e o quanto as empresas lucraram. É a partir deste cenário que conduzimos nossa luta”, afirmou.

No mês passado trabalhadores deram a largada da Campanha Salarial 2010

Reivindicação dos trabalhadores é de 17,45% de reajuste salarial. Na Embraer, trabalhadores estão há dois anos sem aumento real

[12/08] Os metalúrgicos da Embraer deram nesta quinta-feira, dia 12, a largada da Campanha Salarial 2010 com uma grande passeata pela Avenida
Faria Lima, na entrada do 1º turno. A
manifestação atrasou em cerca de 40 minutos a entrada dos trabalhadores.

Os operários reivindicam 17,45% de reajuste salarial, redução da jornada para 36 horas semanais sem redução salarial, equiparação salarial, piso de acordo com o Dieese, creche, licença-maternidade
de 180 dias e direito à organização no local de trabalho.
A manifestação deixou bem claro que o sentimento dos trabalhadores da Embraer é de arrancar o aumento real este ano, a qualquer custo. “Os trabalhadores não agüentam mais o desrespeito da empresa que, há dois anos, se nega a conceder aumento real aos trabalhadores. Isso acabou. A empresa coleciona resultados positivos e esse ano vamos arrancar o nosso aumento”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Herbert Claros.

No ano passado, a Embraer se negou a conceder reajuste salarial. E pior: teve o desrespeito de propor, além de zero de aumento real, redução de salários com redução da jornada e flexibilização da jornada. Todas as propostas foram recusadas na mesa de negociação e em assembleia pelos trabalhadores e o impasse foi parar no TRT, em Campinas, em uma ação de dissídio coletivo que até hoje não se resolveu.

“Os trabalhadores da Embraer se desdobraram no ultimo período, com muita pressão da chefia para aumentar a produção em ritmo acelerado. É hora de exigirmos a nossa parte. Os trabalhadores vão à luta”, completou Herbert.