terça-feira, 30 de outubro de 2012

Embraer trava negociações, mas trabalhadores reagem

Assembleia hoje no primeiro turno
Os metalúrgicos da Embraer reafirmaram, nesta terça-feira, dia 30, a reivindicação de 7,19% de reajuste salarial (INPC + 2,5% de aumento real) e rejeitaram a proposta de 6,15% (1,5% de aumento real) apresentada pelo grupo patronal do setor aeronáutico. A Embraer, principal empresa do setor, se manteve intransigente na última rodada de negociação, ocorrida ontem, em São Paulo. 

Na assembleia, os trabalhadores, que já aprovaram aviso de greve, entraram em estado permanente de mobilização. A Polícia Militar ficou de plantão na porta da fábrica, numa tentativa de intimidar os trabalhadores. Mas não adiantou. Os metalúrgicos permaneceram na assembleia e deram seu recado para a Embraer. 

Apesar da data-base da categoria ser setembro, a empresa continua travando as negociações e resistindo a atender às reivindicações dos trabalhadores. Nos outros setores metalúrgicos, os acordos estão sendo fechados por fábricas, já que não houve avanço nas negociações com os grupos patronais. Em média, os trabalhadores estão conquistando 2,7% de aumento real. Na GM, por exemplo, além do reajuste, os trabalhadores conquistaram abono de R$ 3.250. 

Esta semana, as assembleias devem acontecer também em outras fábricas do setor aeronáutico, todas fornecedoras da Embraer. 

Não há nenhuma nova negociação agendada entre Sindicato e patrões. 

Lucros em alta
A Embraer não tem motivos para apresentar propostas rebaixadas de reajuste salarial. Segundo balanço da empresa, entre janeiro e setembro, os lucros cresceram 33% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Em toda Campanha Salarial é a mesma estratégia. A empresa tenta passar para os trabalhadores a ideia de que o setor está em crise, que o melhor é não reivindicar aumento de salário. Mas a realidade é bem diferente, e o balanço comprova isso”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros da Silva.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Contradição: Jornal O Valor premia Embraer entre as melhores em gestão de pessoas (!!!)



Saiu na edição desta quinta-feira do jornal O Valor:

"O Valor, em parceria com a Aon Hewitt, premia hoje as melhores empresas na gestão de pessoas em 2012. A pesquisa está na revista "Valor Carreira", que circula amanhã para assinantes e também será vendida em bancas. Nela, constam perfis das 30 eleitas, de acordo com o número de funcionários. As ganhadoras são: Pormade (100 a 500 funcionários), Coopercampos (501 a 1.000), Laboratório Sabin (1.001 a 2.000), Embracon (2.001 a 4.000), Gazin (4.001 a 10.000) e Embraer (mais de 10.000). No evento, em São Paulo, será anunciada a campeã."

Voltamos:
É no mínimo "contraditório", para sermos bem amenos, a Embraer ser premiada entre as "melhores empresas na gestão de pessoas", não acham?

No momento em que a maioria das empresas de São José dos Campos e região já assinou o acordo coletivo, garantindo direitos e aumento real de salário, a Embraer, até o presente momento, tem se negado a discutir as reivindicações dos seus trabalhadores. Não é proibido perguntar: Isso é o que representa eficiência em recursos humanos? É demonstração de respeito aos trabalhadores?

Outra questão importante: como pode ser premiada uma empresa que repassa aos seus trabalhadores uma PLR (Participação nos Lucros e Resultados) vergonhosa, muito abaixo de indústrias de pequeno porte, e que pratica uma das maiores jornadas semanais de trabalho em seu segmento?

Não encontramos as respostas. E vocês?


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CAMPANHA SALARIAL: Trabalhadores do setor aeronáutico vão à luta por aumento real

O Sindicato e o grupo patronal do setor aeronáutico têm uma nova rodada de negociação na próxima segunda-feira, dia 22, às 14h.

A reunião acontece quase duas semanas depois de os trabalhadores da Embraer terem aprovado Aviso de Greve, em assembleia realizada no último dia 10.

Enrolação
A pressão dos trabalhadores não é por acaso. Enquanto fábricas de outros setores já estão fechando acordos próximos ou superiores a 2,7% de aumento real, o setor aeronáutico, comandado pela Embraer, continua com a proposta de dar somente a inflação do período.

Apesar da data-base ser 1º de setembro, até agora o setor aero só se reuniu duas vezes com o Sindicato.

E não é só: para dividir os trabalhadores, a Embraer teve a cara de pau em oferecer 1,5% de aumento apenas para os companheiros da fábrica de Botucatu. Mas a empresa teve a resposta que merecia. Por meio de plebiscito, os trabalhadores rejeitaram esse absurdo e decidiram continuar na luta por melhores salários.

Na categoria, negociações avançam
Com as negociações travadas nos grupos patronais, a Campanha Salarial começa a avançar nas fábricas, com fechamento de acordos com aumento real.

Em Jacareí, 80% dos trabalhadores já estão com a Campanha Salarial concluída, mas ainda há pendências principalmente nas fábricas menores.

Na Assecre, os trabalhadores tiveram uma importante conquista: agora, os cipeiros estão liberados para distribuírem materiais sindicais dentro das fábricas, o que fortalece nossa organização de base.

Também na Assecre, os empresários chegaram a 8,3% de reajuste. A proposta será votada em assembleias. Onde não houver acordo, terá mobilização.

Em algumas fábricas, como RFCom e Forming, haverá luta por menor custo dos benefícios.

Fundição
Até agora, apenas o grupo patronal de Fundição fechou acordo, chegando a 8% de reajuste.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

PLR na Embraer é uma mixaria

Já começam boatos na Embraer que a PLR de 2012 vai ser uma mixaria.

Isso não é novidade, a questão é que este ano poderia ser diferente se a direção da empresa tivesse aceitado as mudanças que a Comissão de PLR aprovou democraticamente.

A Embraer só tem prioridade para os seus acionistas. Os trabalhadores que são os unicos que geram riqueza sempre são esquecidos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Todos querem mudanças na PLR


Embraer desrespeita Comissão de  PLR

Mais uma vez, a Embraer desrespeitou os trabalhadores. Para garantir seus interesses, a empresa se recusou a acatar a proposta de PLR aprovada em assembleia e ainda assediou moralmente os membros Comissão a aceitar uma participação nos lucros rebaixada.

Comissão votou mudanças

Depois de 14 anos de questionamentos sobre a forma de pagamento da participação nos lucros e resultados, a Comissão de Negociação da PLR aprovou mudanças na distribuição.

No último dia 26, a maioria dos membros da Comissão votou para que o montante fosse retirado do lucro operacional da empresa e não do lucro líquido, como é hoje. O percentual foi definido em cerca de 15% do lucro operacional, para que o valor a ser dividido entre os funcionários fosse maior.

A retirada da PLR do lucro operacional proporcionaria um valor maior a ser distribuído entre os funcionários. Os últimos demostrativos financeiros da Embraer demostram que o lucro líquido tem sofrido quedas por conta da variação do dólar. Não podemos perder a PLR por conta de variações cambiais que são inerentes a nós.

PLR em partes iguais

Atendendo uma reivindicação histórica na fábrica, a Comissão também votou pela distribuição da PLR em partes iguais. Essa distribuição em partes iguais foi votada  pela maioria dos membros da comissão com intuito de acabar com o preconceito que a própria direção da empresa impõem dentro da fábrica.

Os funcionários da empresa tem que ser remunerados de acordo com sua experiência e formação. E para essa remuneração ser justa é que já existe as grades salariais. 

O fato é que o salário dos funcionários da Embraer está cada vez mais baixo, seja da produção ou administrativo. Prova disso, é que muitos funcionários da produção que fazem prova de API não conseguem ir trabalhar em setores da Engenharia ou outros setores do administrativo, dizem que o salário do trabalhador da produção é mais alto que destes setores.

Está provado que PLR do jeito que está hoje, acaba sendo INJUSTO para todos os funcionários da Embraer.

Assédio

A Embraer pressionou e assediou moralmente os membros da Comissão a mudarem seus votos. 

Como não possuem estabilidade, a maioria dos companheiros se sentiu coagida a acatar a posição empresa.

A Comissão foi criada pela própria Embraer para não negociar com o Sindicato. Agora, quando a Comissão atende as reivindicações dos trabalhadores, a empresa também desrespeita a Comissão.

A Comissão de PLR fez o seu papel e representou o desejo de mudança da maioria dos funcionários. Todos sabem que a PLR tem mais de 90% de rejeição na Pesquisa de Clima.

Transparência: Tire suas dúvidas!

Só a Embraer é incapaz de atender a vontade dos trabalhadores. Muitos chegaram até mesmo a duvidar das mudanças que foram discutidas e votadas na reunião. Por isso resolvemos publicar a Ata da reunião onde foram votadas as propostas de mudanças e também o texto de proposta de acordo apresentado para Embraer no qual ela rejeitou.

Click nos links abaixo e leia os documentos da negociação de PLR:

O link abaixo é o resumo das propostas de mudanças no acordo de PLR da Embraer que foram votados ponto a ponto. O que está em cor azul foram as mudanças aprovadas. Você também pode reparar que ao lado dos itens votados tem o resultado da votação:



O outro link abaixo é a copia do acordo já com as mudanças votadas pela Comissão de PLR no dia 26 de Julho. Em grifo amarelo está as mudanças propostas pela Comissão de PLR:



domingo, 29 de julho de 2012

Comissão aprova mudanças na PLR da Embraer


Maioria dos membros da Comissão de Negociação quer PLR em partes iguais e que montante a ser distribuído seja retirado do lucro operacional


Depois de anos de questionamentos sobre a forma de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados feita pela Embraer, a Comissão de Negociação da PLR aprovou mudanças na distribuição aos trabalhadores.

A maioria dos membros da Comissão, eleita recentemente para definir o novo acordo da PLR na fábrica, votou para que o montante a ser distribuído seja retirado do lucro operacional da empresa e não do lucro líquido como é hoje.
O percentual foi definido em cerca de 15% do lucro operacional. Essa mudança foi defendida para que o valor a ser dividido entre os funcionários possa ser maior.
PLR em partes iguais
Outra importante mudança vai ser a forma de distribuição da PLR. Hoje, a PLR da Embraer é distribuída a cada funcionario de acordo com seu salário, sendo um valor de 30% fixo e 70% variavel ao salário.
Pela primeira vez, a Comissão de PLR votou para que distribuição seja igualitária entre todos os funcionários. Essa, inclusive, é a forma pela qual a maioria das empresas distribui a PLR a seus funcionários na região.
Em apoio às propostas votadas na Comissão de Negociação de PLR, em todos os turnos da Embraer, na última sexta-feira, dia 27, os trabalhadores votaram, em assembleias, a favor das mudanças discutidas pela Comissão.
A principal crítica dos trabalhadores a atual forma de pagamento da PLR é em relação ao valor, que vem sendo reduzido a cada ano, sendo menor em relação ao que é pago até mesmo em empresas de pequeno porte da região.
"Essas mudanças demostram um importante passo para que a Embraer possa garantir uma melhor divisão e distribuição dos lucros da empresa àqueles que são o seu maior patrimônio: os trabalhadores", afirma o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros.
As propostas da Comissão serão apreciadas agora pela direção da empresa, que decide se acata ou não. O novo acordo de PLR a ser fechado definirá o valor a ser pago no segundo semestre deste ano, referente o período dos seis primeiros meses de 2012.
Fonte: www.sindmetalsjc.org.br

terça-feira, 10 de abril de 2012

Eleições da CIPA na Embraer: Conheça os candidatos apoiados pelo Sindicato

Candidatos a CIPA e diretores do Sindicato


Chegou a hora: será na próxima terça e quarta-feira (dias 10 e 11) as eleições para  a CIPA da Embraer. Mais uma vez, os trabalhadores devem se mobilizar para mostrar sua força e união, elegendo para a CIPA da Embraer um time de lutadores que estará ao lado dos trabalhadores e do Sindicato nas principais lutas da categoria.

É fundamental que todos tenham a consciência da importância de se eleger uma CIPA de luta para ampliar nosso time e avançar na organização dos trabalhadores.  Foi assim na eleição da diretoria do Sindicato, quando os trabalhadores da Embraer, em sua ampla maioria, votaram na Chapa 1, ampliando assim o número de diretores na fábrica.

Voltamos a mandar um recado para a empresa na eleição da Comissão de PLR, quando o candidato do Sindicato venceu por uma diferença de mais de 900 votos em relação ao segundo colocado.

Agora, para completar nosso time, precisamos de uma CIPA forte e de luta. Uma equipe de cipeiros comprometidos e dispostos a lutar por mais saúde e segurança no ambiente de trabalho. E, para isso, é preciso que os cipeiros eleitos estejam, verdadeiramente, do lado dos trabalhadores.

Cipeiros que tenham coragem de apontar os problemas, identificar condições inseguras dentro  da fábrica e até paralisar uma linha se, por algum motivo, apresentar riscos. Afinal, só uma CIPA atuante e classista pode evitar que ocorram acidentes fatais na empresa, como o que tirou a vida do companheiro Vinícius, em setembro do ano passado.

Empresa já tem seu time

Você já reparou que, dentro da Embraer, existe um time reforçado que atua o tempo todo em defesa da empresa? São os supervisores, encarregados, médicos do trabalho, advogados e, até mesmo, um sindicato patronal. Portanto, os trabalhadores também precisam reforçar o seu time para que possam ter força nas lutas.

Por isso, na eleição da CIPA, vote em candidatos apoiados pelo Sindicato.  São companheiros de luta, classistas e dispostos a trabalhar duro na defesa da saúde dos trabalhadores, além de ampliar o debate sobre a necessidade da redução da jornada, sem redução salarial e sem banco de horas. Além da luta por mais contratações e contra o ritmo acelerado de trabalho.


Vote nos candidatos de luta, apoiados pelo Sindicato. Nesses, você pode confiar!

quarta-feira, 28 de março de 2012

CIPA e Sindicato juntos! Você sai ganhando!

Candidatos apoiados pelo Sindicato

Ao contrário do que diz as empresas, a CIPA tem lado, sim! Ela foi criada pra ser um instrumento de defesa dos trabalhadores e, por isso, deve servir a esse fim, e não fazer o jogo da empresa.

Na composição da CIPA há vagas destinadas à empresa, para as quais a Embraer indica os nomes dos membros.

Portanto, a eleição que acontecerá nos dias 10 e 11 de abril tem o único objetivo de escolher aqueles que preencherão as vagas destinadas aos trabalhadores.

É preciso que os todos tenham consciência e votem em candidatos que estarão exclusivamente do lado dos trabalhadores para fortalecer esse instrumento de luta e defesa. Não deixe a CIPA nas mãos da empresa!

Pense nisso! É hora de elegermos cipeiros ligados ao Sindicato para fortalecermos nossa força e união dentro da fábrica.

Nessas eleições, vote em companheiros que têm lado: o lado do trabalhador!

sábado, 24 de março de 2012

Worker dies in accident at the factory of General Motors

General Motors Plant
A General Motors worker died on Saturday, 24 victim of an accident in the factory in Sao Jose dos Campos - Brazil. It was pressed to be achieved by a tool 24 tons. This is the second fatal accident at the factory in just three years.

Teodoro Antonio Pereira Filho, 60, worked for 32 years in the automaker. At the time of the accident, he was doing overtime in the sector Prensa - line A. The worker was found already unconscious, around 9am.

Despite the severity of the accident, the GM has not pressed the technical expertise nor the CIPA (ICAP - Internal Commission for Accident Prevention), contrary tothe rules of safety. 
The Metalworkers Union of São José dos Campos is following the case.

GM has adopted a regular system of overtime to compensate for the layoffs occurred in recent months. With this practice the company reduces the cost of labor and increases productivity.

In 2009, the worker Constantino Aparecido died in accidents while performing at GM also overtime.

How can there be overtime with so many layoffs? The employee may be overloaded, under pressure and the company promoting the economy on the lives of workers.

Help promote this fact. GM puts profits above human life!

Trabalhador morre em acidente na General Motors


Funcionário estava fazendo hora extra quando foi atingido por equipamento de 24 toneladas


Um trabalhador da General Motors, em São José dos Campos, morreu neste sábado, dia 24, vítima de um acidente ocorrido dentro da fábrica. Ele foi prensado ao ser atingido por uma ferramenta de 24 toneladas. Este é o segundo acidente fatal ocorrido na fábrica em apenas três anos.

Antonio Teodoro Pereira Filho, 60 anos, trabalhava há 32 anos na montadora e morava em Jacareí. No momento do acidente, ele estava realizando hora extra no setor Prensa – linha A. O trabalhador foi encontrado, já desacordado, por volta das 9h, por companheiros de linha e levado pelo resgate ao Pronto Socorro da Vila Industrial  e morreu após sofrer três paradas cardíacas.

Apesar da gravidade do acidente, a GM não acionou a perícia técnica nem a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), contrariando as normas de segurança do trabalho. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos está acompanhando o caso e aguarda a perícia para registrar Boletim de Ocorrência no 1. Distrito Policial, nas próximas horas.

De acordo com relato de trabalhadores que encontraram Antonio Teodoro, ele estaria operando uma ponte móvel, por meio de controle remoto. Uma ferramenta de 24,1 toneladas “balançou”, atingiu Antonio e o lançou contra uma mesa de ferramentas. Com isso, ele teve o corpo esmagado. 

A GM vem adotando um sistema regular de hora extra para compensar as demissões ocorridas nos últimos meses. Com esta prática, a montadora reduz os custos com a mão de obra e aumenta a produtividade. 

Em 2009, o trabalhador Aparecido Constantino morreu em acidente na GM também enquanto realizava hora extra. 

“Mais uma vez a GM foi negligente. O ritmo de produção acelerado tem submetido os funcionários a situações que colocam em risco a segurança dos trabalhadores. Vamos exigir que a GM responda por mais esta tragédia”, afirma o presidente do Sindicato, Vivaldo Moreira Araújo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Metalúrgicos da EMBRAER: Duas eleições, duas vitórias!

A Chapa 1, da CSP-Conlutas, venceu a eleição do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, com 57,68% dos votos válidos. A apuração terminou às 12h30 da ultima sexta-feira, dia 2, no ginásio da Escola Estadual João Cursino. A Chapa 2, da CTB, ficou com 42,32% dos votos.

Na apuração, o clima de euforia tomou conta do ginásio, entre militantes, trabalhadores e dirigentes sindicais, reforçando o caráter democrático da eleição. Todo o processo eleitoral, da coleta à contagem dos votos, foi realizado paritariamente por representantes das duas chapas.

A chapa 1 é encabeçada por Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, atual diretor do Sindicato e trabalhador da General Motors. A eleição teve uma das votações mais expressivas dos últimos anos, com a participação de 11.638 trabalhadores associados. A Chapa 1 saiu vitoriosa na ampla maioria das fábricas. Foram 6.551 votos para a Chapa 1 contra 4.806 para a Chapa 2. Foram registrados 1,11% de votos brancos e 1,13% de votos nulos. 


Com o resultado, a CSP-Conlutas, à qual o Sindicato se filiou em 2004, dá continuidade à sua trajetória à frente de um dos maiores sindicatos da categoria metalúrgica no país, com 43 mil trabalhadores em sua base.


Aqui na Embraer os metalúrgicos compareceram as urnas e mais de 80% dos sócios votaram na Chapa 1. Os metalúrgicos da Embraer não querem mais passar pela experiência de ter pelegos querendo entregar seus direitos.


Na mesma semana, vitoria na eleição para a Comissão de PLR


No dia seguinte à eleição do Sindicato ocorreu outra eleição na fábrica para a Comissão de PLR. O Sindicato questiona essa comissão por não ter uma composição paritária e uma gestão democrática, pois a empresa controla a maioria dos membros e o processo eleitoral.


Mesmo assim, com todo o processo anti-democrático e a empresa fazendo campanha aberta em favor de seus candidatos "pelegos" o sindicato conseguiu uma votação histórica. Entre 1.724 votantes da produção o candidato do Sindicato obteve 1.080 votos, e teve uma diferença de 900 votos em relação ao segundo colocado.

Os metalúrgicos da Embraer deram o recado: Querem uma fatia maior do bolo que a empresa tem distribuído somente aos acionistas! Está na hora de mudar a política de PLR da Embraer. PLR em partes iguais e negociada com o sindicato dos trabalhadores!

sábado, 28 de janeiro de 2012

Vamos prestar solidariedade ao povo pobre do Pinheirinho!


Acompanhe o calendário de mobilizações e ações em solidariedade a luta do povo do Pinheirinho 

São José dos Campos: Calendário da Campanha de Solidariedade à população do Pinheirinho

Sábado
9h – Ato Cultural em prol aos amigos do Pinheirinho (Praça Afonso Pena)
18h – Assembleia dos moradores do Pinheirinho (Campão dos Campos dos Alemães)
19h – Vigília em solidariedade aos desabrigados do Pinheirinho (Praça do Jardim São Dimas)

Domingo
9h – Panfletagem na feira (Feira do Colonial)
9h – Caravana dos moradores do Pinheirinho ao Ato Nacional dos Aposentados (Aparecida – SP)

Segunda-feira
17:30h - Pedágio: arrecadação de fundos para os moradores (Parque Santos Dumont/Adhemar de Barros)

Terça-feira
9h – Panfletagem na feira (Encontrar no Parque Santos Dumont e dividir o grupo para outras feiras)
17:30h - Pedágio: arrecadação de fundos para os moradores (Parque Santos Dumont/Adhemar de Barros)

Quarta-feira
9h – Panfletagem na feira (Encontrar na feira do Satélite, Rua Polar em frente ao Vale Sul e dividir o grupo para outras feiras)
17:30h - Pedágio: arrecadação de fundos para os moradores (Parque Santos Dumont/Adhemar de Barros)

Quinta-feira
9h – Grande Ato Nacional em solidariedade à luta da população do Pinheirinho (Concentração: Praça Afonso Pena – SJC)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Brasil vai protestar contra reintegração no Pinheirinho

Em todo o Brasil, dezenas de entidades estão chamando protestos de repúdio contra a ação criminosa do governo geral Alckmin contra os moradores pobres do Pinheirinho.

Confira relação dos atos contra a desocupação do Pinheirinho, deste dia 23
  São José dos Campos - às 9h, na Praça Afonso Pena
  Belo Horizonte - 16h na Praça da Liberdade
  Porto Alegre - 12h na Esquina Democratica
  Belém - 09h na ALEPA
  Brasília - 10:30 no gramado do Congresso Nacional
  Teresina - 14h, Praça do Fripisa
  Rio de Janeiro - 16h Largo da Carioca, Centro
  Franca (SP) - 17h no Terminal de Ônibus
  Curitiba - 17h na Boca Maldita
  Londrina - 18h no Calçadão
  Juiz de Fora - 17h no calçadão
  Guarulhos/SP - 17h Praça da Matriz
  Fortaleza - 17h na Rua 13 de maio
  Macaé - 17h na Praça Veríssimo Melo

Em São José dos Campos, um ato contra a desocupação do Pinheirinho acontecerá nesta segunda-feira, a partir das 9h, na Praça Afonso Pena. Vamos exigir do poder público o fim da violência contra o povo do Pinheirinho e a regularização da área

Em várias capitais estão sendo chamados atos de repúdio ao massacre.  No Rio de Janeiro, a CSP-Conlutas, a Anel, PSTU, PSOL e  diversas entidades e ativistas estão convocando para esta segunda-feira, dia 23 de janeiro,  um ato de solidariedade aos moradores da ocupação de Pinheirinho. A manifestação acontecerá no Largo da Carioca a partir das 16 horas. Outras cidades fluminenses, como Niterói, Nova Iguaçu, Macae e Nova Friburgo, também realizam ato nesta segunda-feira.

No estado de São Paulo, também ocorre ato público no centro de Campinas, no Largo do Rosário, neste dia 23.

Em Belo Horizonte os movimentos sociais também vão se pronunciar contra as barbaridades cometidas pela polícia tucana de São Paulo. Um ato está sendo chamado para está segunda-feira, na Praça da Liberdade, às 16h.

Em Porto Alegre, a CSP- Conlutas, CEPERS (sindicato dos professores), os veradores Pedro Ruas, Fernanda Melchiona (PSOL), ANEL, DCE-URGS, sindicatos e outras entidades estão chamando um protesto, às 12h, na Esquina Democrática, centro da capital gaúcha.

Em Belém, a CSP-Conlutas, sindicato da construção cível, PSOL, PSTU, entre outras organizações convocam um ato para às 9h da manhã, em frente a Assembleia Legislativa do Pará. Em Curitiba, o prostesto será realizado na Boca Maldita, às 17h. No Distrito Federal, o ato está sendo convocado para as 10h30, no gramado em fente ao Congresso Nacional.

Em Teresina, o ato está marcado para às 14, na Praça Fripisa.As entidades que compõem o Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público no Piauí manifestram repúdio contra a ação policial do governo Geraldo Alckmin (e estão convocando o protesto.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Scania demite em massa na virada do ano

Empresa demite 139 trabalhadores e promete mais demissões para 2012. Sindicato da CUT é cúmplice da Scania


No dia 29 de dezembro de 2011, quando todos se preparavam para a festa de ano novo e as férias de janeiro, os mais de 3700 trabalhadores da Scania em São Bernardo do Campo (SP) tiveram uma dolorosa surpresa: a empresa demitiu 139 trabalhadores. De acordo com a multinacional sueca, as dispensas são necessárias para ajustar a produção à baixa demanda causada pela crise internacional e também aos problemas gerados pela legislação ambiental, que obriga as empresas a reduzirem a emissão de poluentes de seus motores em 2012, o que geraria um aumento no custo dos caminhões. Pior, o discurso oficial alerta os trabalhadores que essa é apenas a primeira leva de um processo maior de demissões que se dará ao longo de 2012 e que chegará a 1000 dispensas a nível mundial.

A contradição entre o momento econômico brasileiro e o discurso da empresa é gritante. O Brasil vive situação díspar da europeia e acaba de ultrapassar a Inglaterra tornando-se a sexta maior economia do mundo. A Scania inicia, com essas demissões, um processo de exportação da crise da Europa para cá, como forma de salvar a matriz com o sacrifício dos trabalhadores de sua filial. Uma atitude inaceitável de uma empresa que remeteu lucros astronômicos para o exterior durante o crescimento econômico, e que é tratada a pão-de-ló pelo Estado brasileiro, seja pela injeção de dinheiro do governo federal ou pela doação de um terreno de 40 mil m² pela prefeitura petista de São Bernardo. Se não houver resistência, esse tipo de medida deve generalizar-se nas multinacionais do ramo automotivo, causando impacto irreparável na economia brasileira e na vida de milhares de trabalhadores.

Demissões facilitadas pela precarização
Em 2009, no auge da última crise econômica, empresa e sindicato assinaram um acordo que prometia afastar o fantasma das demissões. Era o chamado CTD (Contrato por Tempo Determinado) que permitia a contratação de trabalhadores temporários, pelo período de 1 ou 2 anos, com salários rebaixados e progressão salarial mais lenta. Essas vagas de emprego precarizadas, que não impediu as mais de 1100 demissões de 2009, preparou o terreno para as demissões que estão ocorrendo hoje. Isso porque o regime de CTD transformou-se de “medida excepcional para a crise” em “única forma de contratação” da multinacional criando uma verdadeira multidão de temporários que chega a 700 trabalhadores. Não é à toa que, frente a essa precarização, a Scania não encontrou dificuldades em demitir 139 empregados apenas anunciando “que os CTDs que vencem contrato nos meses de janeiro, fevereiro e março não terão seus contratos renovados e não precisam retornar das férias”.

Ritmo Infernal preparou as demissões
Se um incauto entrasse na Scania e observasse a linha de produção nos meses de novembro e dezembro poderia jurar que a empresa iria contratar mais trabalhadores em breve. A linha não parava um minuto sequer, o takt (tempo máximo para a execução da montagem por parte do operário) nunca tinha sido tão pressionado pra baixo, a jornada diária média era de 12 horas (e muitas vezes chegava a 16h), tornou-se comum ver funcionários do turno do dia trabalhando junto com o pessoal da noite. O problema é que esse ritmo não se dava por uma demanda maior de caminhões, muito menos era o prenuncio de novas contratações. Apenas fazia parte de um plano da patronal para encher o pátio e garantir por alguns meses a venda de caminhões mais baratos no ano de 2012 (a nova legislação proíbe a produção dos motores mais poluentes a partir de janeiro, mas não proíbe a venda dos que já foram produzidos). O ritmo infernal e o excesso de horas extras, na verdade, eram parte de uma armadilha que permitiu a empresa demitir seus empregados na virada do ano sem correr o risco de ver suas entregas ameaçadas.

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC é cúmplice das demissões
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a maioria dos membros do SUR (Sistema Único de Representação – mistura de comissão de fábrica e CIPA) são os grandes traidores dos trabalhadores da Scania. Desde o início, eles ajudaram a empresa a esconder as demissões, fazendo crer que as notícias que saíam na imprensa sobre as dificuldades do setor de caminhões seriam contornadas com as férias coletivas de janeiro e outras medidas; e que as demissões que já começavam nas plantas europeias não viriam para o Brasil. Dessa forma deixaram passar o melhor momento para negociar com a empresa (quando qualquer dia de greve seria um duro golpe nos seus planos de ampliar o estoque para 2012) e permitiram as demissões no dia 29 de dezembro, véspera das férias e quando a produção já havia encerrado. Poderiam inclusive exigir que o governo federal encerrasse ou revertesse as concessões consecutivas feitas à empresa.

Fora isso, foi o sindicato que assinou o acordo que legalizou o CTD e a grade salarial rebaixada precarizando as relações de trabalho e facilitando as demissões, acordo que, se depender do sindicato, será renovado por mais dois anos. As demissões na Scania e a cumplicidade do sindicato com a empresa apenas reforçam a certeza de que a CUT se distanciou de seus princípios classistas, tornando-se mais uma central chapa branca, não só do governo, mas das multinacionais. Por ironia do destino ou não, a CUT se vê hoje traindo os trabalhadores da Scania. Logo eles que, em 1978, começaram a greve que nortearia todo o processo de reorganização do “novo sindicalismo” e com quem a CUT deveria ter gratidão eterna.

O governo Dilma tem de atuar
O governo federal não pode deixar os trabalhadores que o elegeram na mão de multinacionais que vêm aqui usar o nosso trabalho e riqueza para depois nos devolverem apenas desemprego quando já não lhes servimos. Ao invés de política de insenção fiscal e outras concessões às empresas, pedimos a Dilma que intervenha e que proíba as demissões!