segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SINDICATO DEFENDE, EM BRASÍLIA, REDUÇÃO DA JORNADA NA EMBRAER

A jornada de trabalho na Embraer esteve em pauta, na ultima quarta-feira, dia 26, em Brasília. O presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Herbert Claros, reuniu-se com a coordenadora da Secretaria de Relações do Trabalho, Paula Leal, e reivindicou que o Governo Federal pressione a Embraer para que reduza a jornada dos trabalhadores para 40h semanais. Com esta mudança, seriam abertas de imediato 1.800 vagas de trabalho na metalúrgica.

O sindicato há muito tempo insiste na negociação com a empresa para reduzir a jornada de trabalho, mas a Embraer sempre foge do assunto alegando que este é um assunto que deve ser somente em Brasília. A empresa é insencivel a vontade e bem estar dos trabalhadores.

Paula Leal afirmou que, ao contrário do que a Embraer insiste em dizer, a empresa pode negociar a jornada direto com o sindicato, sem que seja necessário aguardar a aprovação do projeto que está em tramitação no Congresso Nacional. A Embraer possui hoje a maior jornada de trabalho do setor aeronáutico no mundo, com 43,5h semanais.

O fato é que os dois lados querem se omitir das discussões. O governo, por não interferir na questão a favor dos trabalhadores, e a Embraer, que se recusa a discutir o assunto com o Sindicato. Este ano, vamos intensificar nossa campanha a favor da redução da jornada. Vamos mobilizar toda a classe trabalhadora com esta bandeira”, afirma Herbert Claros.

Os trabalhadores da Embraer aprovaram, em dezembro de 2010, em assembleia, a campanha para a redução da jornada, sem redução de salário e sem banco de horas.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sindicato cobra do governo suspensão de demissões na Avibras

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, iniciou nesta quinta-feira, dia 27, uma campanha para exigir a readmissão dos 170 trabalhadores da Avibras e a assinatura do Programa Astros 2020. O presidente em exercício, Herbert Claros da Silva, foi a Brasília para abrir negociação com o Governo Federal sobre o assunto e nos próximos dias o Sindicato também entrará com ação na Justiça contra a demissão em massa. Em reunião nesta quinta-feira, o secretário nacional de Articulação Social, Paulo Roberto Martins Maldos, afirmou que o primeiro passo será identificar o porquê do Programa Astros 2020 ainda não ter sido liberado. Maldos se comprometeu a procurar a Casa Civil e a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República para buscar esclarecimentos. O Programa Astros 2020 será desenvolvido em parceria entre a Avibras e o Exército brasileiro, num custo estimado em R$ 1,2 bilhão. Entretanto, desde o ano passado, ainda no governo Lula, o assunto segue pendente. O início do projeto depende agora da assinatura do contrato pela presidente Dilma Rousseff. O Sindicato foi a Brasília por duas vezes no ano passado para cobrar o contrato. A empresa já afirmou, repetidas vezes, que sua saúde financeira está atrelada à assinatura desse programa com o Governo Federal. Esta semana, a empresa demitiu 16% de seus trabalhadores, apesar de ter recebido em dezembro R$ 12 milhões em empréstimos, do Banco do Brasil. O uso de dinheiro público para custear as demissões foi denunciado hoje pelo Sindicato em outra reunião com o secretário adjunto do Ministério do Trabalho, André Grandizoli, e com a coordenadora da Secretaria de Relações do Trabalho, Paula Leal. Na reunião, foi protocolado pedido de audiência com o ministro Carlos Lupi. “É inadmissível que a Avibras promova a demissão em massa, pouco depois de ter recebido dinheiro público. Não vamos aceitar essa afronta e esperamos que o Governo Federal tome providências imediatas sobre esta situação. Vamos lutar pela readmissão de todos os trabalhadores. Foi uma semana de várias iniciativas e a nossa mobilização vai continuar”, afirma Herbert Claros. No início de fevereiro, o Sindicato pretende ir com os trabalhadores, em caravana, para Brasília e pressionar o Governo Federal a agir em favor dos demitidos. Os trabalhadores reivindicam a suspensão das demissões, a assinatura imediata do Programa Astros 2020 e a estatização da empresa, que é estratégica para a soberania do país.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Embraer adota postura repressora, outra vez


O diretor do Sindicato, André (Alemão) e o cipeiro Luiz Carlos foram punidos pela Embraer com 4 dias de suspensão. Esta foi mais uma atitude repressora da empresa para tentar barrar e coagir a atuação da CIPA na defesa dos trabalhadores.

O motivo da punição foi o fato de os dois terem conversado com os monitores do F60-1, Cursino e Daniel, sobre o clima ruim de trabalho no setor. Fato que vinha sendo alvo de recorrentes reclamações por parte dos trabalhadores.

Na frente dos companheiros, os monitores agiram normalmente, ouvindo as reclamações e até pediram desculpas, dizendo que apenas obedeciam ordens dos supervisores.

Mas, foi só virar as costas que os dois, acompanhados do supervisor Diógenes, foram ao RH da empresa acusar o Sindicato de estar pressionando os monitores.

A Embraer, por sua vez, ao invés de pôr fim de uma vez por todas com sua política de assédio moral, que é cumprida ao pé da letra por toda a chefia, resolveu punir o diretor do Sindicato e o cipeiro.

“Infelizmente é uma atitude típica da empresa, mas que não vai nos intimidar. Só a mobilização vai reverter esse quadro”, disse o cipeiro Luiz Carlos.