terça-feira, 19 de abril de 2011

Sindicato protocolou carta em Brasília pedindo reunião com Dilma

Presidente da Embraer Frederico Curado e Presidente Dilma
Dilma tem de defender emprego na Embraer do Brasil

A Embraer voltou a ser notícia esta semana, com o desembarque da presidente Dilma Rousseff na China. A missão era garantir a manutenção das operações da Embraer naquele país. A pergunta é: por que não vemos no governo petista (desde Lula) o mesmo empenho para garantir a manutenção de empregos nas unidades brasileiras da Embraer?

Desde a grande demissão de 2009, quando mais de quatro mil trabalhadores foram colocados na rua, a Embraer não para de demitir, usando o sistema “conta-gotas”. Pouco a pouco, a empresa vai enxugando seu quadro e provocando um clima de tensão permanente entre os trabalhadores. Além disso, a sobrecarga de trabalho vem agravando as doenças ocupacionais.

Vamos deixar claro que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, legítimo representante dos trabalhadores da Embraer, não é contra a expansão da empresa para outros países, como está acontecendo na China, Estados Unidos e Portugal. O que não pode ocorrer, em hipótese alguma, é que essa expansão traga como consequência mais demissões no Brasil.

O governo Dilma tem a obrigação moral e política de atuar em favor dos trabalhadores brasileiros. No caso da Embraer, o que vemos são medidas que beneficiam apenas a empresa. Em 2010, por exemplo, todas as vendas realizadas pela fábrica foram via BNDES. Mas, apesar do Governo Federal estar injetando (muito) dinheiro público para financiar negócios privados, em nenhum momento houve qualquer medida para impedir que a Embraer demita funcionários ou aumente o ritmo de produção.

Tem que reduzir a jornada de trabalho já

A medida necessária é simples, viável e já foi exaustivamente reivindicada pelos trabalhadores: a redução da jornada de trabalho para 40 horas, seguindo modelo adotado pelo setor aeronáutico no resto do mundo. Na última sexta-feira dia 15, protocolamos uma carta, no Palácio do Planalto, solicitando o agendamento de uma reunião com a presidente para discutirmos sobre a redução da jornada e a preservação e criação de empregos.

Já que Dilma Rousseff foi à China defender os interesses da empresa, nada mais justo do que atender os trabalhadores brasileiros em seu próprio país. Isto não é um favor. É uma obrigação!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Anistiados da Embraer e sindicato vão a Brasília para cobrar julgamento de processo!

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à CSP-Conlutas, vai a Brasília nesta sexta-feira, dia 15,  cobrar o julgamento do processo que reivindica a reparação financeira para os anistiados da Embraer. Uma comissão de anistiados acompanhará o Sindicato.

Este processo se refere à concessão de anistia política para 108 ex-metalúrgicos da Embraer, ocorrido em outubro de 2008. No entanto, na época, apesar de ter reconhecido as demissões como de caráter político, a Comissão de Anistia rejeitou o pedido de reparação econômica com indenização retroativa e prestação mensal permanente, assim como foi pago aos anistiados da GM.

A decisão da Comissão de Anistia previa apenas que o período, de 1984 a 1998, seria considerado como dias trabalhados para efeito de aposentadoria. A Comissão de Anistia usou como justificativa para essa decisão o fato da Embraer, em 1998, ter pago verbas rescisórias aos demitidos, após processo judicial movido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região.

O Sindicato não concordou com essa interpretação e entraram com recurso para exigir reparação econômica também aos demitidos da Embraer.

Para o Sindicato, o processo judicial ganho em 1998 são verbas rescisórias e não tem qualquer relação com a indenização solicitada na ação de anistia que se refere a uma reparação política devida pelo Estado, diante da perseguição ocorrida aos trabalhadores após a greve.

Sindicato vai a Brasília cobrar Dilma sobre Embraer

O Sindicato dos Metalúrgicos aproveita  a viajem à Brasília para protocolar junto ao Palácio do Planalto um pedido para abertura imediata de discussão sobre a situação dos trabalhadores da Embraer.

Recentemente a presidenta Dilma esteve engajada na defesa dos interesses financeiros da empresa na China.  Aqui no Brasil os trabalhadores amargam mais exploração e continuas demissões.

O Sindicato defende a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Como praticado no setor aeronaútico e nas principais fábricas da nossa região.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sindicato e CIPA juntos!! Assim somos mais fortes!

Resultado fortalece organização no local de trabalho e a luta por direitos



Terminou nesta quarta-feira, dia 13, a apuração dos votos para o novo mandato da CIPA da Embraer. O resultado foi uma grande vitória: dos sete candidatos apoiados pelo Sindicato, cinco foram eleitos (dois titulares e três suplentes). 

Além disso, o companheiro Wagner Fera foi o candidato mais votado da fábrica, com 435 votos, uma grande diferença para a segunda colocação, que obteve 347 votos. 

Fera, que é funcionário da montagem do F107/2 na Faria Lima, também integrou a chapa do Sindicato para as eleições do Conselho Administrativo da Embraer. 

Na Embraer Faria Lima, além dele também foi eleito como titular Alessandro (Material Composto – F65). Na suplência, ficaram Honório Véinho (Junção – F60/1) e Carlão (Montagem – F60). 

Já na unidade de Eugênio de Melo, o candidato William também foi eleito, na primeira suplência. 

“O resultado foi uma grande vitória e comprova que os trabalhadores, penalizados com o aumento da exploração, estão cada dia mais conscientes da necessidade de fortalecer a organização no local de trabalho para que assim possamos enfrentar os ataques da empresa e lutar por melhores condições de trabalho e direitos”, disse o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros, que é funcionário da Embraer e acompanhou de perto toda a campanha das eleições da CIPA. 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Por uma CIPA de luta! Vote nos candidatos do SINDICATO!

Dia 11 e 12 de abril acontecem as eleições da CIPA 2011 na Embraer

Estamos as vésperas de cumprir mais uma importante etapa da luta dos trabalhadores na Embraer. Os trabalhadores vão as urnas, desta vez, para eleger os novos integrantes da CIPA. A grande tarefa este ano, é mostrar mais uma vez para a empresa nossa unidade e força de mobilização. A mesma que já mostramos na eleição para o Conselho Administrativo da empresa.

Estamos vivendo um momento importante, pois o que vemos hoje na empresa é um processo cada vez mais acirrado de ataque à saúde dos trabalhadores.

Por isso, vamos eleger companheiros comprometidos, que possam fortalecer a organização dentro da fábrica e se colocar, ao lado do Sindicato, na luta contra os ataques da empresa e em defesa das reivindicações dos trabalhadores. Afinal, um cipeiro atuante não luta só pela saúde e segurança dos trabalhadores. A tarefa de um cipeiro classista é defender todos os direitos dos trabalhadores.

Vote nos candidatos do Sindicato






sexta-feira, 1 de abril de 2011

Chega de mixaria! Por uma PLR igual a das montadoras

Cálculo distorcido usado pela Embraer achata benefício e deixa trabalhadores com uma das menores PLRs da região


Os trabalhadores da Embraer receberão, em abril, a 2ª parcela da PLR. Os números, mais uma vez, ficaram bem abaixo do esperado - e merecido - pela categoria.
O problema é que a Embraer usa uma fórmula nada democrática, que diferencia os trabalhadores e privilegia os salários maiores.
Para se ter uma ideia, para que os funcionários da Embraer tenham uma PLR igual a dos companheiros da GM (R$ 9.906), seria preciso que o salário médio na Embraer fosse de R$ 16 mil.
Isto é, já passou a hora de a Embraer reconhecer que seus funcionários estão com salários defasados e que a PLR tem de mudar.

Dá pra melhorar
Para corrigir essas distorções, a solução é bem simples. Em primeiro lugar, a PLR teria de ser dividida em partes iguais, o que traria uma diferença significativa.
Para exemplificar, basta fazer uma continha rápida. Considerando o cálculo da Embraer, um trabalhador que recebe um salário de R$ 2.500 teve uma PLR de R$ 2.651, sendo um fixo de 1.296,88 mais a variável de 0,5420 (totalizando os dois semestres). Mas se o cálculo fosse a divisão em partes iguais, este valor subiria para R$ 4.481 para cada um dos 16 mil trabalhadores.
E este valor seria ainda maior se a Embraer considerasse o lucro líquido, sem retirar os investimentos para calcular a divisão do bolo.
Tem mais: enquanto a Embraer dividiu R$ 71 milhões entre os trabalhadores, os acionistas receberam R$ 880 milhões, sendo R$ 600 milhões em lucro líquido e R$ 280 milhões em juros e dividendos sobre capital próprio. Um absurdo!
Compare você mesmo: na GM, o lucro no Brasil foi de R$ 933 milhões. Desse total, R$ 198 milhões foram distribuídos em forma de PLR para os trabalhadores.
"Temos de lutar por mudanças, ou os acionistas continuarão a sugar nossa PLR", afirma o vice-presidente do Sindicato Herbert Claros.

Decisão sobre divisão tem de ser do trabalhador
Quando se trata de decidir sobre os direitos dos trabalhadores, a Embraer não pensa duas vezes: deixa a categoria bem longe das discussões.
E é isso que acontece com a PLR. Pela legislação, as discussões deveriam ser com o Sindicato ou com uma comissão de PLR.
Obviamente, a Embraer prefere discutir com uma comissão que é formada, em sua maioria, por representantes da diretoria. Não é à toa que na pesquisa de clima, a PLR é o item com pior avaliação.
"Nossa reivindicação é que a PLR seja discutida com o Sindicato e submetida à assembleia dos trabalhadores", afirma o diretor do Sindicato André Luis Gonçalves.