segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Estudo do Dieese sobre a redução de jornada na Embraer

Confira estudo sobre o impacto da redução da jornada de trabalho na Embraer, feito pela subseção do Dieese em São José dos Campos.

Clique AQUI para acessar o arquivo (PDF).

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Embraer se nega a reduzir jornada, mas nova reunião foi agendada

Em reunião no Ministério do Trabalho, nesta quarta-feira, dia 30, a Embraer continuou se recusando a reduzir a jornada de seus funcionários, mas já admite negociar a situação daqueles que trabalham no período noturno.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos defende a redução da jornada de 43h30 para 40h para todos os funcionários e já moveu uma ação na justiça para garantir, ao menos, o direito aos trabalhadores do terceiro turno. Uma nova reunião foi agendada para o dia 17 de abril, no Ministério do Trabalho.

A própria CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) determina que a hora noturna deve ter 52 minutos e 30 segundos, e não os 60 minutos convencionais. Essa medida representaria 25 minutos a menos por dia, chegando-se a 41 horas semanais.

O Sindicato já ganhou na Justiça a ação que obriga a Embraer a respeitar a lei trabalhista. A empresa, entretanto, entrou com recurso e agora o processo está em tramitação.
Impactos na saúde do trabalhador
Dentro de 15 dias, o Sindicato vai apresentar para a Embraer e para o Ministério do Trabalho um relatório de impacto da jornada sobre a saúde do trabalhador. A recomendação partiu da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo, na reunião de hoje.

O relatório já está sendo preparado pelo Departamento de Saúde do Sindicato. Os dados referem-se a doenças e acidentes do trabalho provocados pela jornada excessiva.

Estudo realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e apresentado na reunião mostra que, se a nova jornada fosse adotada pela empresa, seria necessária a contratação de 1.399 trabalhadores.
A adoção da jornada de 40 horas representaria um gasto adicional de 8,1% na folha de pagamento. Com relação à receita líquida da Embraer, o acréscimo seria de apenas 1,48%. Esses dados mostram que a redução da jornada é viável e teria baixo impacto financeiro para a empresa.
A Embraer foi uma das empresas beneficiadas pela desoneração da folha de pagamento concedida pelo Governo Federal, o que deve gerar uma economia de R$ 300 milhões – valor que absorveria o acréscimo gerado pela redução da jornada.
“Há anos os metalúrgicos reivindicam uma jornada menor, como forma de melhorar a condição de vida e aumentar o número de postos de trabalho na fábrica. A Embraer tem plenas condições de atender a essa reivindicação, e vamos continuar lutando pela jornada de 40 horas para todos os trabalhadores”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Importante reunião no Ministério do Trabalho, discute redução da jornada na Embraer


O Ministério do Trabalho volta a discutir a questão da redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, na Embraer, nesta quarta-feira, dia 30. A medida é uma das principais reivindicações dos trabalhadores da fábrica.
Na reunião, o Sindicato vai apresentar ao Ministério um estudo do Dieese que demonstra a viabilidade econômica e social da redução da jornada para 40h semanais.
Essa jornada já existe na maioria das fábricas, mas a Embraer se mantém intransigente em aplicar a medida, alegando falta de competitividade.
A argumentação, entretanto, é falsa, pois a Embraer pratica a maior jornada dentre as empresas do setor aeronáutico. Em concorrentes como Bombardier e Boeing, já se trabalha 40h semanais, e na Airbus, 35h.
A redução traria benefícios a todos, contribuindo para a saúde e qualidade de vida do trabalhador, além de abrir postos de trabalho na cidade.
Convenção Coletiva
Outra questão em que a Embraer tem mantido uma postura intransigente é em relação à Campanha Salarial, sendo a única grande empresa da categoria que ainda não assinou Convenção Coletiva de 2012.

Todo esse descaso com os trabalhadores, entretanto, se mantém mesmo diante de notícias como a recente venda recorde de jatos no valor total de R$ 4 bilhões.
“A Embraer precisa ouvir os trabalhadores e tratar com respeito as reivindicações de quem garante a riqueza da empresa. Chega de enrolação. É hora da empresa negociar”, avalia o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros.