quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Muro do apartheid de Israel é alvo de protesto

De 9 e 16 de novembro acontece a 9ª Semana contra o Muro do Apartheid, que vai unir organizações de diversos lugares do planeta. Esse muro, que está sendo construído pelo estado de Israel, vai atravessar todo o território Palestino, dividindo vilas, campos e cidades.

Com cerca de 8 metros de altura (o dobro do antigo muro de Berlim) e o objetivo de chegar a cerca de 800 km de extensão, o resultado final será a divisão de toda a Cisjordânia e o fortalecimento da política sionista de construção de assentamentos, postos militares e barreiras. Com isso, o Estado de Israel pretende aumentar ainda mais o controle militar e geográfico sobre a vida cotidiana do povo palestino.

O Muro do Apartheid é mais um instrumento de repressão, opressão, divisão e militarização do Estado Sionista de Israel, contra o direito histórico de construção do Estado Palestino. Por isso, entidades de todo mundo, inclusive a CSP-Conlutas, estão aderindo à campanha pela derrubada do muro e levando solidariedade e apoio à luta do povo palestino.

O muro, após sua conclusão e junto com os assentamentos e as áreas militares reservadas, anexará 50% da Cisjordânia e drenará a maior parte de seus recursos aquíferos. O muro isolará Jerusalém e colocará 260.000 palestinos sob risco de expulsão, além de bloquear o caminho de trabalhadores e camponeses para seus locais de trabalho. O muro atravessa a Cisjordânia passando terras férteis para as áreas controladas por Israel. Áreas residenciais serão cercadas e a população palestina, marginalizada e aprisionada.

O Muro do Apartheid foi considerado ilegal pela Corte Internacional de Justiça (Corte de Haia), mas a comunidade internacional nada fez para impedi-lo. Os trabalhadores e camponeses palestinos foram os mais afetados pela construção.

O estado de Israel alega que muro está sendo construído por razões de segurança. Mas a realidade é que o Muro do Apartheid corta as terras palestinas, separando o povo em guetos menores. Camponeses e trabalhadores rurais são forçados a conseguir crachás para trabalhar em suas próprias terras quando próximas do muro ou de assentamentos.

“Por todos esses crimes cometidos pelo Estado de Israel contra o povo palestino, a Semana Contra o Muro do Apartheid deve ser um período de denúncias e de manifestações. A CSP-Conlutas reafirma todo seu apoio aos companheiros da Palestina e todo seu repúdio aos ataques de Israel”, afirma Luiz Carlos Prates, da coordenação da CSP-Conlutas.

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