Reposição da inflação e aumento real de 1% a partir de 1º de novembro. Esta foi a proposta feita ontem pela Fiesp (sindicato patronal) na reunião que discutiu a Campanha Salarial do setor aeronáutico. O Sindicato rejeitou a proposta na mesa de negociação e vai protocolar, nesta quinta-feira, dia 27, aviso de greve.
Diante da enrolação e intransigência dos patrões do setor, a orientação agora é a realização de assembleias nas fábricas e intensificação da mobilização.
Nesta quinta, o Sindicato realizou assembleias internas na unidade da Embraer na Faria Lima. Foi informado o resultado da reunião aos trabalhadores e uma grande assembleia será realizada no próximo dia 1º de novembro.
Ainda na negociação desta quarta, a patronal aceitou mudar a data-base do setor aeronáutico de novembro para setembro, conforme reivindicação dos trabalhadores, mas a partir de 2012.
"A pauta da categoria foi protocolada no início da campanha, inclusive por fábrica. Mas, num total desrespeito aos trabalhadores, quando a maioria da categoria metalúrgica já está com acordo assinado, a Embraer e empresas aeronáuticas apresentam uma proposta irrisória como essa", avalia o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros.
Os trabalhadores estão indignados com a postura patronal. Somente ontem, a Embraer, que é a principal empresa do setor e encabeça as negociações, vendeu 11 aviões à Azul por quase 500 milhões de dólares. Ou seja, uma das maiores exportadoras do país quer pagar o pior aumento salarial a seus trabalhadores", argumenta.
"Portanto, os patrões tem até o dia 1º para avançar. Do contrário, a luta vai aumentar a partir do dia 1º. E a mobilização começará com uma grande assembleia na Embraer", disse.
Nenhuma reunião entre Fiesp e Sindicato ficou agendada.
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